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O ETF de Dogecoin chegou — afinal, isto consegue ou não transformar o DOGE de uma piada da internet num ativo financeiro a sério?

Simplificando, é um fundo cotado em bolsa que segue o preço do Dogecoin. A maior vantagem? Não precisas de te preocupar com carteiras ou chaves privadas — basta usar a tua conta de valores mobiliários para comprar. Os ativos ficam sob custódia de uma equipa profissional, muito mais descansado. Para quem quer experimentar criptomoedas mas tem medo das complicações, a barreira de entrada baixa logo.

O mais importante é mesmo o fator da conformidade. O ETF é regulado, o que significa que os investidores tradicionais olham para ele de outra forma — já não é “aquele meme viral do cão na internet”, mas sim “um produto financeiro em que se pode investir”. A liquidez também aumenta, já que está cotado em bolsa e é fácil entrar e sair.

Mas o grande trunfo vem a seguir: abre-se a porta ao dinheiro institucional. Muitos fundos e empresas de investimento, que antes não tocavam em criptomoedas por questões de regulação ou complexidade operacional, agora podem usar um instrumento que já conhecem para investir em Dogecoin de forma legítima. O volume potencial de capital aqui não tem comparação com o dos pequenos investidores.

No entanto, o futuro do ETF de Dogecoin não é garantido. A volatilidade dos preços, a oferta ilimitada, a dependência excessiva da cultura da comunidade e de certos famosos — todos estes problemas continuam a existir. Para realmente ganhar espaço, depende de duas coisas: se o ambiente regulatório continuar favorável, e se o Dogecoin conseguir alguma aplicação prática, como nos pagamentos.

Se ambas acontecerem, o ETF de Dogecoin pode mesmo tornar-se a ponte entre as finanças tradicionais e o mundo cripto. Mas se continuar só na esfera da especulação e do hype, então não passa de um meme com um fato novo.