Há um fenómeno curioso a acontecer recentemente no mercado — os rumores de que a MSCI poderá expulsar uma determinada empresa do índice estão a tornar-se cada vez mais intensos, e instituições como a BlackRock começaram a ajustar as suas carteiras, o que faz com que a ideia de que "o BTC está a um passo dos 70 mil dólares" esteja a circular por todo o lado.

No início de novembro do ano passado, eu previ que o grande bull market cripto de quatro anos estava a chegar ao fim, e disse que o período de oportunidade para as altcoins estava a terminar, restando apenas alguns dias. Agora, olhando para trás, vejo que, afinal, o bear market escondeu oportunidades — pensar de forma contrária, por vezes, resulta melhor do que seguir a euforia.

Falando do cerne desta volatilidade, é preciso analisar a MicroStrategy. Muita gente pensa que sempre foi uma "fã incondicional do Bitcoin". Errado.

A empresa foi fundada em 1989 no Delaware, e o fundador, Michael Saylor, tinha apenas 24 anos na altura. No início, dedicava-se ao software de business intelligence (BI), batalhando no sector da análise de dados há mais de 30 anos — um verdadeiro veterano tecnológico. A sede fica em Tysons Corner, Virgínia, e destacaram-se graças à sua visão tecnológica.

Mas depois a narrativa mudou radicalmente — de uma empresa tecnológica tradicional, transformou-se numa "empresa cotada de Bitcoin", apostando tudo nos criptoativos. Esta abordagem agressiva é, francamente, uma jogada de alto risco, mas também reflecte uma ansiedade profunda do capital global em relação ao sistema financeiro tradicional.

Quão ligada está ao destino do BTC? Tão ligada que qualquer pequena agitação no mercado pode desencadear uma nova vaga de entusiasmo em torno da "batalha dos 70 mil dólares".