Todos os internautas recebiam mensagens de spam no seu e-mail ou nas redes sociais. Agora, essa técnica de mensagens indesejadas está se tornando popular na rede Lightning, uma segunda camada de Bitcoin focada em pagamentos instantâneos.

O spam, que consiste em mensagens que geralmente visam promover produtos, serviços ou conteúdo, é distribuído no Lightning por meio de pagamentos muito pequenos. Estamos falando de transações de alguns satoshis ou sats, a unidade mínima em que um bitcoin (BTC) pode ser dividido, que têm uma mensagem anexada a eles na qual o conteúdo a ser comunicado é introduzido.
Ao contrário do e-mail, o spam no Lightning pode ter um lado positivo para alguns usuários. Isso ocorre porque tanto o recetor da mensagem quanto aqueles que possuem um canal Lightning podem receber pequenas quantias de dinheiro ao receber ou rotear essas transações.
Um canal na rede Lightning é uma conexão entre dois participantes da rede (um remetente e um destinatário). Esses canais permitem que as transações sejam feitas fora da cadeia principal do Bitcoin e são responsáveis por transportar pagamentos do remetente para o destinatário, que pode fazê-lo diretamente uns com os outros. Há também provedores de canal, que usam seus nós para tornar mais fácil para outros usarem a rede. Essa ação, que é chamada de roteamento, é recompensada com comissões. No caso de mensagens de spam, as comissões são geralmente alguns sats, mas há aqueles que estão satisfeitos com isso de qualquer maneira.
Embora não se possa dizer que ele é responsável por todo o spam que circula no Lightning, existe um aplicativo que desde seu lançamento em setembro popularizou o envio desse tipo de mensagem. Chama-se Satogramas e é compatível com algumas carteiras Bitcoin muito populares, como a Wallet of Satoshi (WoS).