Recentemente tenho visto muitas opiniões dizendo que, assim que os metais preciosos (ouro, prata) caem de um pico, o capital flui para as criptomoedas. Parece lógico, mas ao pensar bem há alguns problemas.

Na verdade, a relação entre esses dois mercados não é tão simples. Quando os metais preciosos sobem, as criptomoedas geralmente caem — isso é bastante comum, pois o capital busca retorno, e um setor em alta atrai investimentos de outro setor. Mas e o contrário? Quando os metais preciosos entram em colapso, as criptomoedas certamente sobem? Nem sempre.

Uma situação mais realista é que, quando os metais preciosos e as criptomoedas caem ao mesmo tempo, geralmente indica que o mercado entrou em pânico coletivo. Nesse momento, não é uma questão de para onde o capital está indo, mas sim de uma venda geral de ativos de risco. Seja ouro ou moedas, os investidores estão fugindo. A queda dos metais preciosos, considerados ativos de refúgio, geralmente indica uma crise de confiança no mercado — e nesse momento, ativos de alto risco como as criptomoedas também não escapam.

Portanto, ao invés de esperar que uma queda brutal dos metais preciosos salve o mercado de criptomoedas, é melhor entender que esses dois mercados refletem diferentes fases na preferência de risco e no sentimento do investidor. As verdadeiras oportunidades geralmente aparecem após a recuperação do sentimento.