O Bitcoin surgiu após a crise financeira de 2008, sendo lançado por Satoshi Nakamoto em 2009, apresentando-se desde o início como uma moeda digital descentralizada.

Mas há um problema — do ponto de vista da economia, o Bitcoin não atende à definição de moeda. Por quê? Sua quantidade total é limitada a 21 milhões de unidades, uma escassez extrema que torna impossível que todos possam possuir, violando a propriedade fundamental de circulação da moeda.

Os dados são ainda mais preocupantes. Dos Bitcoins minerados, apenas 17,07 milhões estão em circulação, mas as plataformas de troca globais reportam uma circulação superior a 100 milhões de unidades. Em outras palavras, o número de Bitcoins negociados no mercado é mais de 5 vezes maior do que a oferta real. Essa bolha virtual criada do nada serve para inflar os preços com facilidade.

E a verdadeira questão é: quem está por trás de tudo isso?

Para entender isso, primeiro é preciso saber com o que as ativos digitais são avaliados. Não pensem que é o dólar, na verdade é o USDT. A empresa que emite o USDT, a Tether, tornou-se praticamente o banco central do mundo dos ativos digitais.

Em julho de 2014, Brock Pierce e Reeve Collins iniciaram o projeto RealCoin na Califórnia, com o objetivo de desenvolver uma nova moeda digital baseada no protocolo do Bitcoin. Ainda em novembro do mesmo ano, Reeve Collins, na posição de CEO, anunciou que o projeto mudara de nome para "Tether", entrando oficialmente em cena.