Recentemente tenho vindo a explorar oportunidades de investimento em Web3 e percebi que o meu foco tem mudado discretamente. Antes, todos estavam a perseguir a própria blockchain pública, mas cada vez mais vejo que as verdadeiras oportunidades estão na camada de agent.

Por que digo isto? Simplificando, do lado do Web2 há uma procura constante por várias necessidades, enquanto no Web3 temos fundos e capacidades de liquidação. Como é que estes dois elementos se combinam? No final, quase sempre através de um agent para criar um ciclo fechado. Portanto, se quisermos fazer pesquisa de investimento, a lógica é bastante direta — quem realmente consegue ajudar o agent a fazer o modelo de negócio funcionar e a ganhar dinheiro, é quem tem valor.

Com base nesta ideia, estou principalmente a acompanhar projetos como TALUS, SAHARA, VIRTUAL, OPEN, NEAR. Estas equipas não estão apenas a gritar slogans ou a contar histórias, mas a pensar seriamente em como fazer com que o agent gere valor comercial real. Isto é completamente diferente daqueles projetos que apenas falam de narrativa sem um caminho concreto para implementação.

E quanto à própria blockchain pública? Certamente não vai desaparecer, o seu tamanho continuará a crescer, mas o problema é que a competição vai ficar cada vez mais acirrada. Além disso, do ponto de vista de receita, é difícil para as blockchains públicas captarem valor ao nível do negócio, acabando por se aprofundar na sua camada inferior. Do ponto de vista de investimento, 99% das blockchains públicas, a longo prazo, não terão retornos superiores àqueles ativos com fluxo de caixa real — como a Circle, por exemplo. Portanto, ao escolher um setor, é importante entender claramente onde está o valor.