Ontem o mercado esteve bastante agitado, algumas notícias merecem ser discutidas.

Primeiro, aqui no país, o preço do petróleo voltou a cair — esta já é a sexta redução este ano. A Comissão de Desenvolvimento e Reforma notificou que a partir das 00h de ontem, a gasolina e o diesel ficaram mais baratos em 120 e 115 yuans por tonelada, respetivamente; um condutor comum pode economizar cerca de cinco yuans ao encher o depósito. Embora não seja muito, é melhor do que um aumento.

O mais importante é a liquidez. O Banco Central fez ontem uma operação de recompra reversa de 3000 bilhões de yuans, com a taxa de juros permanecendo em 1,4%, sem alteração, e um fluxo líquido de 1100 bilhões de yuans no mesmo dia. Essa operação claramente prepara o mercado para o final do ano, pois a liquidez costuma ficar mais apertada nessa época. Além disso, a LPR de novembro já está sem alteração há seis meses consecutivos — 3% para um ano e acima de 3,5% para cinco anos ou mais, e o mercado acredita que essa taxa provavelmente permanecerá estável até o final do ano.

No mercado de ações, surgiu um fenômeno interessante: as ações do Bank of China atingiram uma nova máxima histórica, fechando com alta de mais de 4% ontem. A própria empresa afirmou que seus fundamentos não mudaram significativamente, e os analistas interpretam que a estratégia de alto dividend yield está atraindo investidores, além de o setor financeiro estar em processo de recuperação de avaliação. Isso contrasta com o índice de empresas de tecnologia de crescimento, que caiu mais de 1%, mostrando um desempenho totalmente oposto entre bancos tradicionais e ações de tecnologia.

As notícias do exterior são mais complexas. Diz-se que na próxima segunda-feira o Trump assinará uma nova política de IA chamada "Plano Gênesis", enquanto a Casa Branca continua pressionando o Congresso para impedir a aprovação de um projeto de lei que limita as exportações de chips de IA. Para empresas como NVIDIA, isso é uma notícia positiva, mas, apesar de o relatório financeiro de ontem ter sido bom, o ação da NVIDIA não resistiu à pressão do mercado.

Falando do Federal Reserve, as divergências internas estão bastante evidentes. O vice-presidente Harker declarou que é contra um corte de juros em breve, por temer que a inflação elevada possa persistir por mais tempo; o membro do FOMC Goolsbee também manifestou preocupação com a continuidade de cortes, até mesmo sugerindo votar contra na reunião de dezembro. O mais complicado é que os últimos dados de emprego estão conflitantes — em setembro, a criação de 119 mil empregos superou as expectativas, mas a taxa de desemprego subiu para 4,4%, atingindo o maior nível em quatro anos, além de os dados dos dois meses anteriores terem sido revisados para baixo em 33 mil empregos. Essa situação torna difícil para o Fed tomar uma decisão clara.

No campo da política comercial, houve uma pequena mudança: os EUA vão isentar parte de tarifas de 40% sobre produtos agrícolas do Brasil. O governo de Trump já assinou uma ordem relacionada, ajustando a abrangência dos impostos aplicados ao governo brasileiro.

No mercado, os principais índices americanos fecharam em queda ontem, liderados pelas ações de tecnologia. O Nasdaq caiu mais de 2%, o S&P 500 caiu 1,56%. A AMD despencou quase 8%, e a Oracle caiu mais de 6%. O índice de tecnologia de Hong Kong caiu 0,58%, apresentando uma abertura em alta e uma trajetória de baixa ao longo do dia. Por outro lado, bancos e setores imobiliários tiveram desempenho razoável, enquanto o setor de veículos elétricos continuou a enfraquecer.

Quanto às commodities, a maioria fechou em queda. O petróleo atingiu uma mínima de uma semana, com o WTI de dezembro fechando em US$ 59,14 por barril, queda de 0,5%. Os contratos futuros de ouro caíram mais de 1% durante o pregão, encerrando com uma baixa de 0,56% a US$ 4060 por onça. Curiosamente, o ouro e a prata futuros em Nova York chegaram a ultrapassar os US$ 4080 e US$ 51, respectivamente, e o WTI atingiu brevemente US$ 60, mas não conseguiu manter esses níveis.

No geral, os sinais atuais estão bastante confusos: o Banco Central injetando liquidez, o Federal Reserve hesitando, ações de tecnologia se ajustando, o setor financeiro tradicional se fortalecendo. Nesse momento, é fundamental entender bem suas posições e riscos.