Recentemente, o fundador da Solana fez um aviso que soa bastante assustador — se o Bitcoin não se atualizar rapidamente, pode enfrentar grandes problemas antes de 2030.

Esta afirmação parece estranha, mas a lógica por trás dela não é difícil de entender. Todos nós sabemos que a segurança do Bitcoin depende de algoritmos de criptografia; um computador comum tentaria quebrar sua chave privada? Isso levaria uma eternidade. Mas assim que os computadores quânticos se tornarem viáveis, as regras do jogo mudam. Eles usam um algoritmo chamado Shor, que pode deduzir diretamente a chave privada a partir do endereço público.

Um exemplo inadequado: a carteira atual é como um cofre super grosso, que um computador tradicional levaria milhões de anos para abrir. Mas com a chegada dos computadores quânticos, pode ser que em poucos minutos consigam arrombar a fechadura e a moeda passe diretamente para outra pessoa.

Então, o que fazer? Na verdade, do ponto de vista técnico, há uma solução, como a tecnologia de criptografia quântica resistente, os Estados Unidos já lançaram um novo padrão. No futuro, o Bitcoin pode adotar um esquema híbrido, com novos e velhos métodos de criptografia funcionando em paralelo, fazendo uma transição gradual.

No entanto, o mais complicado não é a tecnologia, mas sim a governança da comunidade. O Bitcoin precisa de uma atualização, e deve seguir o caminho do hard fork, que historicamente sempre gera controvérsia, podendo até levar à divisão da comunidade. Se as opiniões não forem unânimes, a execução se torna ainda mais difícil.

De fato, El Salvador já começou a agir, transferindo parte das reservas do país para carteiras que suportam tecnologia quântica resistente. Também há algumas carteiras e fabricantes de hardware testando novos algoritmos, prontos para trocar a qualquer momento.

A ameaça quântica pode ainda não ter realmente atingido o rosto, mas a contagem decrescente já começou.