Na última semana, os bancos retiraram 84 mil milhões de dólares dos instrumentos de liquidez de emergência da Fed — a este ritmo, até assusta. Ainda mais surpreendente, os grandes bancos estão a vender massivamente MBS (títulos garantidos por hipotecas) para obter liquidez, uma operação que é quase uma cópia do que aconteceu na crise de liquidez de 2019.

O “reservatório de liquidez” do sistema bancário está claramente a chegar ao fim. E há ainda rumores interessantes: um antigo líder terá dito que os economistas que defendem cortes de juros agressivos podem assumir a liderança da Fed em 2026. Repara no timing: quanto maior a escassez de liquidez agora, mais alto é o clamor por descidas das taxas; quando um presidente mais “expansionista” tomar posse, o cenário pode mudar drasticamente.

O mercado está atualmente num caos total — bancos a procurar liquidez para sobreviver, preços do ouro e da prata a comportarem-se de forma estranha e divergente, grandes instituições a movimentar fundos entre ativos para equilibrar posições. A questão central é: será que esta “fome de liquidez” vai forçar cortes de juros ainda mais agressivos? Se realmente tivermos uma Fed “dovish”, como é que ativos como XRP e SOL vão reagir? A experiência histórica mostra que, quando o sistema começa a depender de “transfusões”, é normalmente o ponto de partida para uma reavaliação dos ativos.